Orquestra Jovem do Estado do Centro Tom Jobim
Há várias opiniões a respeito da infame música clássica. De uma certa forma, todo mundo diz apreciar, que seja muito pouco. Muita gente acaba sendo simpatizante de alguma forma. Muita gente diz escutar para relaxar ou enquanto lê. Mas será que é justo se fazer isso? Quero dizer, a música clássica é como um universo particular, cujo intento nunca foi relaxar as pessoas, e nem embalar suas horas de estudo. Se ela puder te ajudar com isto também, então você sai no lucro. Porém, a música não dá a mínima, ela apenas existe e está lá para ser apreciada, e por todos.
A princípio, lanço um desafio: quem conseguir relaxar ouvindo uma faixa sequer do cd disponibilizado neste link, levará o prêmio de sádico do ano (favor ignorar esta última oração). Aliás, este blog tem um incrível acervo para os interessados - e o Salada recomenda!
Bach, Beethoven, Mozart. Na opinião dos menos informados à dos mais “eruditos”, estes três seriam provavelmente considerados os maiores mestres da música que já existiram. Existem também os mestres “não tão grandes assim” que conseguiram atingir uma maior parte do público, como um Vivaldi ou um Tchaikovsky. Dentre as composições destes cinco, uma pessoa provavelmente teria música para ouvir durante uma vida inteira. Porém, deve-se limitar a apenas isto? Tais compositores nem cobrem todos os períodos da música. Bach e Vivaldi sendo barrocos, Mozart e Beethoven do classicismo, e Tchaikovsky é provavelmente um dos menos interessantes do romantismo. Como fica o século XX? Quantas pessoas são privadas do que Debussy e Ravel fizeram? E quanto a Bartók, que morreu pobre e sem fama nos EUA, provavelmente viveu uma vida horrorosa, e ainda assim escreveu linda música (vocês leitores verão que eu sou puxa-saco da música do século vinte).
Dezenas de compositores brasileiros, muitos deles extremamente interessantes, e as pessoas conhecem apenas Villa Lobos (nada contra ele), isso quando o conhecem. E muitos, brasileiros e internacionais, fazem boa música até hoje, que acaba realmente chegando a poucos por falta de interesse geral. Ou seja, se você leitor tiver se interessado, pode ter certeza que terá um mundo de opções, música instrumental e vocal de todos os tipos que se possa imaginar. Pode ter certeza também de que será uma jornada em busca de auto-conhecimento. Afinal, tudo o que se precisa para conhecer música clássica é começar, tendo cabeça aberta e boa vontade.
3 comentários:
Hum, eu curto mais rock, blues... essas coisas mesmo... mas não descarto a música clássica. Afinal de contas, acredito que ela representa um grande marco na história de todos os outros estilos musicais... É sõ ver o exemplo da ópera que o carinha do Pink Floyd fez em Manaus umas semanas atrás! Parece ter ficado show!=)
Bjus e bom restinho de domingo!
Claro, eu também sou totalmente fã de rock. Li que a crítica falou mal da ópera de Roger Waters, mas não deixa de ser um vínculo entre os dois mundos, portanto, eu achei interessante a proposta.
também acho que deveríamos ser mais abertos à música clássica. eu por exemplo apenas agora aprendi a ouvir, mesmo assim porque estou ouvindo várias coisas que são fora do que estava acostumado antes. e por sua culpa também hehe!
acho que algo que ocorre com a música erudita, é um certo PEDESTAL em que a colocam-hmm, você coloca a @%@!% num pedestal-e as pessoas meio que se afastam dela.
lembro de um programa que passava na cultura, chamava quem tem medo de música clássica? não sei se ainda passa, mas o título é bem conveniente!
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